quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Evitando a estupidez

Há certas situações em que, nos deparamos com alguém a fazer algo que, de tão estúpido que é, acaba não só por arruinar a sua imagem mas também por nos constrangir.

Sem mais demoras fica aqui uma compilação do que não deves fazer se não queres passar por parvo, nem causar embaraço aos teus amigos e família:

  1. Pegar num frase ou situação memorável, que outrora teve piada, mas que, de tão famosa e reutilizada que foi, já causa mau-estar , e utilizá-la como se fosse um criação própria. Exemplo: imitar situações vistas no Gato Fedorento.
  2. Contar uma anedota. O conceito por si só já é algo bastante estúpido. Tem sempre um bêbedo ou uma sala de aulas e na generalidade não tem piada. Isto acrescido ao facto de que, dada a sua fácil propagação, um vasto leque destas estórias é conhecido pela generalidade do público, faz com que, se não evitares a ilusão de que vais proporcionar bons momentos de diversão ao contar uma, te tornes um possível alvo de chacota. Exemplo: Batanetes. Este é o programa mais sem graça, desconfortável, e irritante que alguma vez hás-de ver. Os actores lá presentes deviam ter vergonha de participar nesse símbolo de decadência da televisão portuguesa.
  3. Depois de sair duma sala, voltar atrás, abrir a porta e dizer algo, tentando ser engraçado, só para rematar a conversa com um: "eu é que tenho piada".
  4. Acreditar que um dia te vai sair o Euromilhões. Nunca vai acontecer. Se estás dependente de que te saia o Euromilhões para comprar alguma coisa, começa a trabalhar aos fins-de-semana, se é que não queres continuar a viver numa casa alugada ou com um carro por pagar. Ou volta a estudar para arranjares um emprego melhor. O dinheiro não cai do céu, e se não tens mais é porque não o mereceste. Em todos os jogos alguém perde, neste és tu.
  5. Acreditar em Deus, rezar. Fazer parte dum culto perante um ser divino, que não existe, não é propriamente algo de que te devas orgulhar. Quando estiveres de joelhos a rezar pensa assim: "se calhar eu ganhava mais em levantar daqui o rabo e ir estudar ou trabalhar", e depois vai.
  6. Falar mal de uma pessoa, sem ela estar presente. Ao fazê-lo corres dois riscos:
    1. parecer uma regateira daquelas que sempre desprezaste
    2. caso venhas a mudar de opinião vais-te sentir mal e arrependido ao voltar a falar para essa pessoa
  7. Discutir sobre futebol e arbitragens. Ao participares activamente na defesa do "teu Benfica" ou de qualquer outro clube, só contribuis para que mentalmente incapazes como o Cristiano Ronaldo sejam pagos a peso daquele metal que encontras no pote que alegadamente está no fim do arco-íris. Ou seja, estás a contribuir para a realização das festas que ele dá na piscina da sua mansão com as suas acompanhantes pagas. Não esquecer também que, não ganhas nada ao falar do modo de como 22 mangueireiros correm atrás de, e pontapeiam, uma esfera. A menos que sintas regozijo em vê-los andar de Jaguar, Ferrari ou Porsche.
  8. Ter ídolos. Ter um ídolo é o mesmo que pensar: "quem me dera ser aquele". Ou seja, estás-te a considerar inferior a alguém. O que faz da tua existência algo miserável, já que te consideras um reles ser humano que vive na sombra do que gostaria de ser e não do que faz por ser.
  9. Dar desculpas. Lamentar o fracasso é meio caminho andado para estares à vontade para falhar novamente. Assume os teus erros e não os voltes a fazer, em vez de perder tempo a ser covarde.

3 comentários:

YaBa disse...

Lindo, adorei a 7 e 8

Universo Desfocado disse...

O Cristiano não é mentalmente incapaz -.-

Se for preciso sabe mais do k tu -.-

Se n konhexes as pessoas nao fales mal delas...

Dizes para n falar mal das pessoas por tras mas e' o k estas a fazer

.|.

Telma* disse...

"Ter ídolos. Ter um ídolo é o mesmo que pensar: "quem me dera ser aquele". Ou seja, estás-te a considerar inferior a alguém. O que faz da tua existência algo miserável, já que te consideras um reles ser humano que vive na sombra do que gostaria de ser e não do que faz por ser."


Não, não é. Era com muito prazer que fazia uma venia a muitas pessoas mentalmente capazes, não por queres ser como eles, mas por eles serem quem são.